Após quatro anos de espera desde sua revelação, finalmente chegou, em 2020, The Last of Us Part II. O game é uma continuação direta dos eventos de um dos jogos de ação e aventura mais marcantes da sétima geração de consoles, que se destaca pela sua incrível e emocionante narrativa envolvendo dois parceiros: Joel e Ellie, que apesar de possuirem ideias e interesses divergentes, lutam por um objetivo em comum: sobreviver em mundo apocalíptico. A sequência traz uma nova história com antigos e novos personagens, uma evolução surpreendente em aspectos técnicos e uma mensagem muito profunda sobre vingança e redenção. Em suma, uma experiência única, que certamente ficará marcada na lembrança de muitos que passaram por essa jornada. Enfim, sem mais delongas, vamos à análise do Vale A Pena? Games. Antes, uma leve curiosidade: todas as fotos mostradas nessa postagem foram feitas por mim mesmo durante minha jogatina, por meio do Modo Foto!
Aviso importante: essa análise não contém spoilers sobre a história de The Last of Us Part II, e os comentários sobre jogabilidade e personagens foram, praticamente, mostrados anteriormente em trailers. Portanto, sua jogatina não será prejudicada. Pode conter spoilers de The Last of Us e Left Behind.
The
Last of Us Part II foi oficialmente anunciado durante a Playstation Experience
2016. Lembro como se fosse ontem… tudo começou com um
local florestal e pós-apocalíptico, que vai se aproximando do espectador, até que, enfim, se encerra com uma bandeira dos
vagalumes. Depois, aparece a icônica logotipo da Naughty Dog. Logo em seguida,
um violão é manuseado por uma mão misteriosa, que segundos depois, revela ser de Ellie, agora mais velha do que nos acontecimentos do primeiro jogo.
A garota, então, rouba a cena com um belíssimo cover de Through de Valley, de James
Shawn, e o hype vai a mil. Enquanto isso, a reação da plateia é emocionante,
repleta de gritos e vibrações: um momento único. No fim, uma
mensagem da personagem: “Eu irei achar e matar cada um deles”, deixando claro
desde então que vingança seria um dos temas presentes no game.
Sem dúvidas, um dos maiores saltos de The Last of Us para seu sucessor foi em sua inenarrável qualidade técnica. Os gráficos, de modo geral, são belíssimos e beiram um ultrarrealismo pouco visto antes nos videogames. A vegetação é viva, os ambientes são memoráveis e ricos em detalhes e interagem perfeitamente com o jogador. Além disso, o modelo dos personagens é outro fator impecável. Não apenas em suas vestimentas, mas suas capturas faciais são impressionantes, sendo absurdamente detalhados e expressivos, sejam em momentos de felicidade, tensão, surpresa ou tristeza. Não limitando apenas aos humanos, os modelos das criaturas do jogo, os “freeckers”, também estão mais assustadores e reais do que nunca.
A beleza que TLOU Part II proporciona pode ser aproveitada com o Modo Foto que o jogo lhe fornece, com diversas opções de filtros, ajustes de iluminação, saturação, brilho, distância, entre outros meios de edição. Na minha opinião, não chega ao nível de complexidade de outros Modos Fotos de jogos Playstation, como Ghost of Tsushima, mas ainda assim são infinitas as possibilidades de inúmeras fotos belíssimas de um universo tão bonito.
A jogabilidade de The Last of Us Part II assemelha-se com a do título antecessor, mas também existem muitas mudanças. A primeira, claramente, é a mudança de protagonistas. Enquanto na jornada anterior nós controlamos Joel, agora a jornada é protagonizada pela Ellie, que apresenta diferenças em sua gameplay. A personagem demonstra mais agilidade na prática, podendo agora pular e deitar. Ademais, Ellie Williams possui número ilimitado de facas, enquanto as de Joel tinham determinada durabilidade. Nesse tempo que passou, também aprendeu a nadar (agora só falta você, John Marston!).
Além disso, o combate foi outro aspecto que recebeu uma forte evolução ao comparar com o do primeiro título da franquia. De fato, nunca foi tão divertido matar criaturas bizarras em um mundo apocalíptico como em The Last of Us Part II. E o melhor de tudo: a matança não é roteirizada, isto é, você faz do jeito que achar melhor. Seja de maneira furtiva, que funciona perfeitamente, ou de modo super agressivo, através de armas de fogo ou corpo-a-corpo, arco e flecha, armadilhas, minas, proveito de objetos do cenário a fim de distrair inimigos, agarrar criaturas e utiliza-las como escudo corporal... enfim: um leque vasto de opções que deixam a jogatina ainda mais frenética e diversificada. E claro, não posso esquecer de dar o recado: The Last of Us Part II não deixa a violência para trás. Portanto, certifique-se que vivenciará muitas execuções brutais e sanguinárias durante a jornada.
Outro aspecto que, em minha opinião, beira a perfeição, de modo impecável, é a qualidade sonora de The Last of Us Part II. Honestamente, isso já pode ser facilmente perceptível nos primeiros momentos do jogo, quando se utiliza uma bancada de aprimoramento pela primeira vez. É, de fato, surreal como o manuseio da protagonista nas armas a fim de modifica-las proporciona efeitos de som tão satisfatórios e magníficos em sua qualidade, raramente vista em videogames. A excelência sonora também pode ser observada em sons de explosão, rugidos das criaturas, a frequência cardíaca e a respiração da protagonista, objetos arremessados, dentre outros aspectos que acentuam a imersão da sua experiência, principalmente em momentos de tensão e furtividade.
Ainda comentando sobre a parte sonora, é impossível não dialogar sobre a trilha sonora do jogo. Gustavo Santaolalla, compositor argentino e responsável pelas músicas do primeiro jogo retorna, junto com seu banjo, à sequência de The Last of Us. A “estética” musical é bem semelhante à do título antecessor: músicas leves e até mesmo tristes, mas que se encaixam perfeitamente na experiência do jogador durante a história, fazendo com que cenas e acontecimentos fiquem ainda mais marcantes. Vale lembrar que, outras músicas adicionais foram compostas por Mac Quayle, que, diga-se de passagem, também realizou um ótimo trabalho. Caso queira escutar a OST, ela está disponível no Spotify. Porém, a minha recomendação é que você conheça a trilha desse jogo pela primeira vez na prática, durante a jogatina.